quarta-feira, dezembro 31, 2014

Bom Ano de 2015

Jack Vetriano-The End of Love
Com o ano de 2014 a dar as últimas.... que venha o de 2015 com coisas boas, tais como Saúde, Felicidade, Paz, Harmonia e algum Dinheiro.
 
 Que seja um
 

ano de Homens e Mulheres de Boa Vontade.
 
Tudo de bom para os meus  queridos leitores!

sexta-feira, dezembro 19, 2014

Feliz Natal

AOS MEUS LEITORES VENHO AQUI DESEJAR QUE TENHAM UM  FELIZ E SANTO NATAL NA COMPANHIA DE QUEM MAIS AMAM.
PROCURAREI FAZER O MESMO.

COMO COMPLEMENTO DO MEU DESEJO DE BOAS FESTAS, DEIXO-VOS O FILMEZINHO  FEITO POR MIM ONDE PODERÃO APRECIAR TELAS LINDISSIMAS CUJO TEMA É A SAGRADA FAMILIA, FEITA POR DIVERSOS ARTISTAS AO LONGO DOS TEMPOS.

UNS SÃO MUITO CONHECIDOS COMO É O CASO DE  RUBENS, REMBRANDT, CARAVAGGIO, GUALDINO, RAFAEL SANZIO,LUCA GIORDANO,  BRONZINO,MIGUEL ANGELO,BADALOCCHI....OUTROS NEM TANTO.

CONTUDO, TODAS AS TELAS SÃO MUITO BONITAS E UM REGALO PARA A VISTA.
 TAMBÉM APARECEM AQUI  UNS ICONS EXTREMAMENTE  DELICADOS.

A TODOS OS QUE ME SEGUEM E QUE LÊEM OS MEUS POSTS  UM BEM HAJA!
 


quinta-feira, dezembro 18, 2014

Rafael-A Sagrada Família do Cordeiro

Esquecendo as compras desenfreadas, e o consumismo tresloucado que se apodera de todos nós (uns mais de que outros) nesta quadra natalícia e  onde quebramos sempre a jura feita no ano transacto de não cair na tentação de gastar o que temos e o que não temos, vamos  pensar na quadra em si e não nos presentes que achamos que devemos comprar.
Deste modo trago-vos para aqui uma última tela de Rafael de Sanzio, mais conhecido por 'Rafael' pintor italiano do renascimento  intitulada de 'A Sagrada família do Cordeiro'.
Nesta pequena tábua podemos ver representadas a Virgem, São José, o Menino Jesus e o cordeiro, que aparecem dispostos numa composição de caráter triangular própria do Cinquencento.
 Rafael concebe as figuras segundo o ideal da beleza do Renascimento. Os seus rostos transmitem uma grande devoção cristã.Existe uma estreita comunicação entre as personagens representadas, graças à ternura dos gestos e dos olhares trocados. Os gestos das referidas figuras dão um grande dinamismo à cena. O pintor italiano emprega a técnica do sfumatto, a fim de modelar os volumes através de ténues sobras.
No segundo plano da composição, (na imagem que aqui aparece isso não é muito nítido) aparece representada a fuga para o Egipto, motivada pela perseguição de Herodes.
Trata-se de uma das primeiras obras realizadas pelo pintor durante o tempo em que permaneceu em Itália, mais propriamente em Florença, onde teve a oportunidade de se cruzar com o grande Leonardo da Vinci, do qual se notam muitas influências nesta obra.
Uma nota interessante é que no decote da Virgem (também isso não é na imagem que aqui surge muito visível, me desculpem...)  o pintor inscreveu em letras douradas ( constitue a assinatura da obra) "Raphael Urbinas MDVII", pratica corrente em alguns pintores da época.
Na parte inferior esquerda da composição podemos ver o Menino Jesus em cima do cordeiro, o que simboliza  em termos cristãos a redenção do pecado.
Esta bonita e muito bem realizada   Sagrada Família do Cordeiro (1507) é um pequeno óleo sobre madeira (29x21cm) e pode ser apreciada no Museu do Prado em Madrid.

terça-feira, dezembro 16, 2014

My Name is Max

Como adoro a saga Mad Max com um saudoso e muito charmoso Mel Gibson nos seus tempos de juventude (ai aqueles fatos de cabedal preto e aquelas armas infindáveis que de lá saiam!) foi com satisfação que soube que estreará já em 2015 a primeira parte de uma nova trilogia desta vez com outro actor que eu amo de coração que é o Tom Hardy.
O primeiro trailer já rola por aí. Aguardo com grande espectativa esta revisitação ao mundo pós apocalíptico de Mad Max infestado de motards psicopatas e da violência destrambelhada daquele estranho mundo desértico e poeirento e  que por gasolina  e água se  se praticam os actos mais bárbaros.
 Nos créditos aparece também  o multifacetado Nicholas Hoult, Zoe Kravitz e a versátil, bonita e segura Charlize Theron! A realização é de George Miller.
Aguardemos então, e até lá fiquemos com algumas imagens.

É Vê-los Partir

Mais uma amiga que parte. Desta vez para a Suécia, para o gelo, para o frio, para um país do norte da Europa e que dizem ser muito rico e com uma economia muito próspera. Parte deixando cá o marido e o filho. A filha já lá está, aprendendo sueco e fazendo pela vida trabalhando num restaurante. Agora parte a mãe, a ver se também por lá arranja emprego, uma vez que está desempregada há muitos meses. Depois partirá o marido e por fim o filho que tendo por enquanto trabalho não sabe até quando este se manterá. E assim nos vamos despedindo dos amigos e familiares.
Tu, minha amiga e vizinha  és muito corajosa e por isso não pude deixar de te enviar esta carta desejando que não pais que agora te acolherás sejas bem mais feliz e tu sabes que isso vem do fundo do meu coração.

OLÁ MINHA BOA  AMIGA
 
QUASE EM CIMA DA TUA PARTIDA,NÃO PODERIA DEIXAR DE TE DEIXAR ALGUMAS PALAVRINHAS DE BOA VIAGEM.
É COM TRISTEZA QUE EM PORTUGAL SE VÊ PARTIR OS BONS, OS QUE SÃO TRABALHADORES, OS DE BONDADE NO CORAÇÃO, OS QUE FAZEM FALTA, OS QUE SE INDIGNAM E SE VÃO EMBORA, FICANDO OS QUE SE ACOMODAM À SITUAÇÃO E NÃO TÊM CORAGEM PARA DAR O SALTO, OS QUE JÁ NÃO TÊM IDADE PARA UMA NOVA AVENTURA, OS QUE TENDO EMPREGO TENTAM SOBREVIVER DENTRO DESTE LODAÇAL EM QUE NOS ENCONTRAMOS EMERSOS, OS DOENTES, OS QUE VÃO TENTANDO FAZER PELA VIDA E ....OS POLÍTICOS, GENTE QUE COMANDA O PAÍS E QUE TÊM TUDO A GANHAR E NADA A PERDER COM A SITUAÇÃO QUE ELES PRÓPRIOS CRIARAM E NO QUAL SE SENTEM MUITO BEM, POIS MUDANDO A SITUAÇÃO OU MANTENDO-SE  DENTRO DELA, SEMPRE SE GOVERNARÃO, ASSIM COMO ÀS SUAS FAMÍLIAS E AMIGOS MAIS PRÓXIMOS.
TUDO ISSO CRIA UM MAL  ESTAR QUE CORRÓI UM PAÍS E QUE FAZ QUE O MESMO MEDRE NUM LODO QUE SE AGARRA AOS NOSSOS CORPOS E MINA AS NOSSAS ALMAS.
NENHUM CIDADÃO DEVERIA TER DE SAIR O SEU PAÍS FORÇADO, POR UMA SITUAÇÃO DE DESEMPREGO E  MAL ESTAR SOCIAL.
É INJUSTO E INDIGNO.
OS JOVENS POR SEREM JOVENS ESTÃO MAIS APTOS A ESSAS AVENTURAS E MUITAS VEZES ATÉ LHES FAZ BEM, MAS OS PAIS CHEGANDO A UMA DETERMINADA IDADE DEVERIAM ESTABILIZAR E CRIAR RAÍZES NO SEU PAÍS CONTRIBUINDO PARA A CRIAÇÃO DE RIQUEZA E BEM ESTAR SOCIAL.
NADA DISSO ACONTECE EM PORTUGAL, NA GRÉCIA, NA IRLANDA, ONDE VEMOS MILHARES DE PESSOAS A TEREM DE SAIR DAS SUAS CASAS, ABANDONANDO OS SEUS AMIGOS FAZENDO-SE À VIDA NOUTRO PAÍS.
POR MAIS QUE ESSE PAÍS SEJA A NOSSA  SEGUNDA PÁTRIA COMO É O TEU CASO,UMA VEZ QUE SENDO PORTUGUESA NASCESTE  CONTUDO NA SUÉCIA E TENS DUPLA NACIONALIDADE, TUDO ISSO NÃO DEIXA DE SER   TRISTE, TUDO ISSO NÃO DEIXA DE SER  TERRÍVEL, TUDO ISSO É UM ENFADO E UMA MALDIÇÃO DE UM PAÍS QUE HÁ SECULOS NÃO ESTABILIZA A SUA ECONOMIA E CRIA RIQUEZA ÀS SUAS GENTES.
SEMPRE FOMOS EMIGRANTES E PARECE QUE VAMOS CONTINUAR POR MUITOS MAIS SÉCULOS.
DESCULPA O DESABAFO, MAS ESSA É A MINHA CARTA DE DESPEDIDA PARA TI.
VENHO POIS, DESEJAR-TE TUDO DE BOM, QUE SEJAS FELIZ NA COMPANHIA DA TUA FILHA E QUE QUANDO ESTIVERES JUNTO DO TEU MARIDO, QUANDO ELE SE REUNIR A TI,  CONSIGAM  TODOS ARRANJAR UM BOM EMPREGO, UMA BOA CASA E QUE SORRIAM TODOS OS DIAS.
VAI SER DIFICIL ESTA FORÇADA MUDANÇA, PORQUE POR MAIS QUE A SUÉCIA SEJA O TEU SEGUNDO PAÍS, PORTUGAL, ESTA-TE NO SANGUE E SEI QUE NOS PRIMEIROS DIAS, SEMANAS E ATÉ MESES SENTIRÁ S SAUDADES DOS TEUS PAIS, MARIDO, FILHO E AMIGOS E ATÉ DA SUA QUERIDA CADELINHA QUE TIVESTE DE DAR A UM CASAL AMIGO, PARTINDO-TE O CORAÇÃO, POIS EU SEI QUE TU, TEU MARIDO E FILHOS GOSTAVAM MUITO DELA E SOFRERAM  MUITO COM ISSO.
QUE FAÇAS BOA VIAGEM, QUE REENCONTRES BEM A  TUA FILHA, IRMÃO, CUNHADA, SOBRINHO E AMIGOS QUE AÍ TENS NA SUÉCIA.
TUDO DE BOM PARA  SI, É ESSE O MEU GRANDE DESEJO.
BJINHOS
FÁTIMA

sexta-feira, dezembro 12, 2014

Deuses e Reis

Não deixa de ser espantoso como um grande realizador como é Ridley Scott se deixou  levar pela criação deste pastelão inútil  sobre a vida de Moisés e a sua relação com o seu 'irmão' Ramsés,  a que deu o nome de Exodus: Deuses e Reis.
Que atentado à inteligência dos espectadores, que seca,  que tormento assistir a este pastiche sem pés nem cabeça. Às páginas tantas dei por mim a pensar em pleno filme como é que um homem que nos deu  grandiosos filmes que foram o Gladiador, Blade Runner, O 8º Passageiro, cria uma m...destas?
Estou mesmo desiludida oh Ridley! De facto no melhor pano cai a nódoa e esta é daquelas que custam a sair, visto que desta vez o realizador meteu-se por caminhos da religião, acabando até por ser acusado de racismo, preconceito, falta de gosto, inverdade histórica...etc...etc.
Não havia necessidade, não havia necessidade!
Os actores, principais, Christian Bale e Joel Edgerton estão ali a fazer um autêntico frete. Estão sem alma e sem empenho. Li que há uma versão de 4.30horas!Esta que está em cartaz tem 2.30 de suplício. Será bom um dia passarem a versão integral, pois só assim será preenchido as lacunas existentes  nesta última versão, mas duvido que mesmo assim o filme melhore alguma coisa.
Ben Kingsley,John Turturro e Sigourney Weaver também andam por lá a 'apanhar bonés' e esta última é o total desperdício de talento, pois penso que só ali está ou por grande amizade ao realizador ou para ganhar umas massas que isto não está fácil para ninguém.
Em relação a Ben Kingsley é confrangedor vê-lo nessas andanças sem saber o que fazer com a sua personagem e Jonh Turturro ainda o que mais aproveitamento tem, a desejar que chegasse rapidamente o momento em que a sua personagem desaparecesse dali para fora.
Se algum mérito aqui encontramos neste Exodus é a dos efeitos especiais realizados perfeitamente em computador. Nisso o realizador  é exímio e o mesmo já tínhamos visto no Gladiador e no 8º Passageiro.
 A cena da batalha inicial está ao nível de R. Scott e  mesmo aqui lembramo-nos logo do seu filme  Gladiador e das  lutas no Coliseu de Roma. Acabando a batalha e entrando na caracterização das personagens caímos no completo tédio. A personagem de Ramsés merecia bem mais e se não vemos ali qualquer substância emocional isso devesse ao próprio Joel Edgerton a meu ver um monumental erro de casting e que no fim do filme está tão gordo que dá ideia que a comida que aparecia no set de filmagem era por ele totalmente devorada. É o que dá estar-se contrariado. A pessoa dá em comer tudo o que lhe aparece pela frente!
C.Bale é sempre um grande actor faça o que fizer, mas aqui falha completamente, nada nele é credível, não há chama, não há vida. As restantes personagens femininas, bem, nem é bom mencionar de tão risível que a coisa é. A cena da noite de núpcias  entre Moisés e a mulher é do espectador atirar-se para o chão a rir!Nunca vi coisa mais estúpida! Quem é que terá escrito esse guião? Enfim...nem vou investigar!
Bem feitas estão as cenas das várias pragas que assolaram o Egipto e outra coisa não era de esperar num realizador que é perito nos efeitos especiais.A cena da abertura do mar vermelho o melhor que o filme tem a par da batalha inicial já por mim referida.
 Enfim...um tédio, tudo uma pasmaceira, numa história que até tem pano para mangas (a vida de Moisés dá sempre um bom guião de filmes para a altura do Natal) mas que foi completamente estraçalhada. Uma pena!
Mal acaba o filme o realizador dedica o mesmo ao seu irmão Tony Scott que se suicidou há alguns anos. Um gesto bonito, sim senhor!
 Lido isso é pisgarmo-nos dali o mais rapidamente possível e com vontade de passar pela bilheteira e pedir o nosso dinheirinho de volta.
Aí Ridley andas a fazer coisas muito sem jeito! A última pasmaceira tortuosa foi o teu filme  Prometheus....  e agora reincides?
Por essas não te perdoo!

quinta-feira, dezembro 11, 2014

John Wick

Sem ser um grande filme, mesmo assim é bastante competente este John Wick com Keanu Reeves Adrianne Palicki, Bridget Moynahan, Bridget Regan Michael Nyqvist Ian McShane (sempre um grande actor),e Willem Dafoe que nunca faz feio seja em que filme entrar. A realização é de Chad Stahelski e de David Leitch.
É um filme cheio de acção, muitas mortes, gente má como cobras, gente boa e gente assim..... assim.
O personagem principal um seguríssimo Keanu Reeves, actor que eu aprecio muito desde que o vi em Matrix, está competentíssimo no papel de um assassino contratado retirado dessas lides de matanças por contrato, depois da morte da sua amada esposa.
Tem por companhia e objecto de afecto uma amorosíssima beagle (que é só a  bichinha mais linda e fofa que eu já vi)  e que foi oferecida pela mulher, e um boss mustang de 1969, até que num belo dia um cretino e  filho mimado de um mafioso local resolve mexer com o nosso retirado John Wick.
Como está bem de ver,  abrem-se as portas do Armagedon e o que vemos...bem nem vos conto, só mesmo  vendo.
O interessante é darmos conta no filme de  uma N.York desconhecida e onde os mafiosos e gente legada à criminalidade tem a sua moeda própria, os seus muitos e misteriosos códigos de honra, uma 'lavandaria' muito eficaz e até um hotel onde se acoitam e onde as regras são severíssimas.
 O filme é uma caixinha de surpresas muito agradável e eu gostei muito. Recomendo vivamente.
               

quarta-feira, dezembro 10, 2014

Sexo e outras coisas mais....

Hoje vou abordar aqui um tema sexual, vou falar sobre sexo oral.
Esse tema surgiu-me na sequência de ter terminado de ler um livro absolutamente delicioso do cosmólogo português  João Magueijo que vivendo há muitos  anos na Grã-Bretanha brindou-nos com uma  pequena mas irresistível obra denominada de Bifes Mal Passados, que quando a comprei já ia na 6ª edição. Nele o nosso João ataca forte e feio nos Ingleses, nas suas idiossincrasias, manias variadas, modo de viver, comportamentos algo bizarros.... para dizer o mínimo sem que contudo deixe  de amar este povo tão estranho, mas que o acolheu tão bem. Nas muitas coisas algo bizarras que ele descreve sobre os ingleses houve uma que me saltou à vista e do qual me fartei de rir ( bem..eu ri o livro todo) que era acerca do sexo oral.
 Segundo o escritor os ingleses consideram que o sexo oral, não é bem sexo, ou seja, no ver dele uma mulher pode praticá-lo no namorado da melhor amiga sem que daí venha grande mal ao mundo e português como ele é  sempre surpreendido com as idiossincrasias dos ingleses  isso não deixou de ser uma big surprise tendo em vista que para esse acto  seja praticado e sem ser pela via da prostituição tem de haver uma certa intimidade entre o casal  e tendo em conta que para os ingleses beijar na cara é quase um insulto e o sexo oral uma banalidade, torna-se quase preferível a uma mulher/homem praticar o acto a ser considerado um violador ao aproximar o seu rosto de um outro para nele depositar dois repenicados e inocentes beijos faciais! O que eu me ri com isso! E enquanto lia e pensava  sobre o modo como os povos diferem entre si, não deixei ao mesmo tempo de lembrar a propósito de sexo, de uma série que eu amo de coração que é O Sexo e a Cidade e mais concretamente sobre um episódio onde existe o escândalo pela visão da pratica do acto por outrem.
Então é assim.Num dos episódios dessa série( para mim mítica), a personagem Samanta interpretada magistralmente pela Kim Cattrall  num dado momento do dia e estando no seu escritório recebe um paquete jovem e belo que lhe traz um pacote e respectivos papéis parta serem assinados. Cheia de tesão e de calores perante aquele ser tão belo a Samanta não faz mais nada e ajoelha-se perante o mesmo. A sua amiga Carrie, a personagem principal interpretada pela actriz Sarah Jessica Parker, resolve aparecer de surpresa no escritório e ao abrir a porta dá com a amiga a fazer um broche ao paquete. Estupefacta e escandalizada fecha a porta e pisga-se dali o mais rapidamente que pode.
 A cena presenciada irá dar pano para mangas e zanga entre ambas, até que no fim do episódio é a própria Samanta a ficar escandalizada ao abrir uma porta e dar com uma cena de broche homossexual e ali ela avalia o quanto a visão desse acto pode escandalizar quem o presencia. O episódio é muito interessante e sem se focar propriamente no sexo oral, o tema era o julgamento dos nossos actos  pelos outros  mesmo que esses sejam os nossos mais dilectos amigos e também porque a coisa quando mete sexo tornasse mais complicado de se lidar com a situação.
Mas voltemos ao tema em questão.
Salvo raras excepções todos presenciamos no cinema, na televisão  e lemos em livros o dito acto.
Ele banalizou-se. Mesmo assim não deixa de ser estranho o facto de nos sentirmos constrangidos quando o presenciamos estando com outras pessoas, isso no que se refere a um filme seja no cinema ou na televisão Na literatura estamos disso salvo e guardamos para nós a opinião que possamos sentir sobre o acto em si.
Neste fim de semana estava mais o meu homem  a ver a 1ª temporada da grandiosa a série House of Cards e lá estava o acto praticado pelo personagem Frank Underwood a uma jovenzita jornalista que tudo faz para trepar no jornalismo politico, até fingir orgasmos e sentir-se maravilhada perante as investidas sexuais do seu oportuno e vigarista amante.A cena por si nada tinha de interessante  até porque o que ali estava em causa era  sexo como moeda de troca e não como um acto de prazer entre os praticantes.
Na série Spartacus cheia de homens musculados e mulheres saídas de capas de revistas o acto consta em muitas cenas, e geralmente são as escravas a praticá-lo nos seus donos forçadas e por isso sem grande vontade e como escravas que são com ganas de arrancar o pénis à dentada o que até seria digno de se ver.
 No cinema há cenas de sexo oral memoráveis e uma delas é a meu ver no filme Monster's Ball(Depois do Ódio) com  Hale Berry e  Billy Bob Thornton.A cena quase no fim do filme é cheia de amor e muito bem feita por parte da Hale Berry, porque o que vemos é apenas o seu rosto e o gozo sentido pelo acto.
 Também no filme de Quentin Tarantino, Pulp Ficcion existe uma cena desta entre a grande actriz portuguesa Maria de Medeiros e Bruce Wills. Aqui também apenas vemos o rosto dela ...'la aventure commence'...sussurra. Não pude deixar também de achar giríssimo ambos os amantes  tratarem o sexo oral como.... trocar 'miminhos' o que não deixa de ser uma  delícia.
 Na literatura também existe boas e más cenas de sexo oral e a que me recordo com mais vivacidade é a da obra Adultério do escritor Paulo Coelho livro que li este verão.  Não tem jeito algum e penso que até a coisa está muito mal  escrita e algo atamancada, metida ali à força.
Surpresa das surpresas foi o acto constar na segunda obra da sextologia (acho que já saiu um sétimo livro) da escritora Jean M. Auel,  O Vale dos Cavalos. As cenas estão muito bem descritas, como aliás toda a obra de Auel , e amei ler. Ela demonstra uma  grande sensibilidade na sua escrita e vemos também que tem grande carinho por ambas as personagens a Ayla e o Jondalar. Amei! Repito que  foi uma surpresa  a cena constar nesta obra visto que a fazer fé na escritora este acto existe desde os o aparecimento do homos sapiente.
Na trilogia de E.L.James   que vendeu ou ainda vende bem, as 50 Sombras de Grey, também por lá página sim página não há um magestoso orgasmo (geralmente sempre da parte da personagem feminina) devido a um minete bem feito.
No filme Ninfomaníaca o sexo oral ganha outra dimensão devido às características da personagem principal uma portentosa   Charlotte Gainsbourg que nada temendo e entregando-se completamente ao filme (como todos em que participa) consegue pôr-nos completamente estupefactos perante o que é ser-se ninfomaníaca/o e sujeitar o corpo a tais sevícias no intento de se atingir um orgasmo.
No fantástico  filme de D.Cronenberg, Uma História de Violência também existe uma boa cena de sexo oral entre a actriz Maria Bello e Viggo Mortensen que faz o papel de marido.
O sexo oral banalizou-se. Deste modo em qualquer obra literária de maior ou menor craveira lá esta ele. Tal como disse anteriormente o mesmo surge também muito frequentemente em séries de televisão e filmes, seja para adultos seja para um público mais jovem. Deixou de ser tabu. Os jovens hoje falam disso com grande naturalidade.
 Há anos numa roda de jovens uma delas sai-me com esta: "Prefiro o sexo oral ao sexo com penetração. Tenho um orgasmo com grande rapidez sem os incómodos de uma putativa gravidade, até porque o meu namorado nunca traz preservativos com ele e eu também não estou para os comprar!"
A esta declaração outras jovens concordaram com a rapariga desenvolta e extrapolaram para quem gosta mais, se homens ou mulheres. Os rapazes de um modo geral diziam apreciar muito as raparigas nem tanto. Talvez o dissessem isso por acanhamento. Havia algumas que disseram que só faziam se eles fizessem também a elas e aqui a discussão ficou mais acalorada, até porque a questão não se pode a meu ver, colocar-se em termos de: Se tu me fizeres eu faço...senão vai-te lixar que não estou para isso!
A meu ver, o sexo oral é um acto de grande intimidade e por  isso tem de ser feito numa entrega natural, em que quem o pratica não deve estar numa postura de medo ou acanhamento. Tal como qualquer acto sexual o sexo oral tem de ser uma fonte de prazer para o casal e não um suplício que tem de ser praticado porque se assim não for o outro deixará de mostrar interesse pela pessoa. Há casais que nunca o fizeram nem pensam fazer e contudo dão-se maravilhosamente e têm grande prazer na sua vida sexual. É uma questão de gosto, de disponibilidade e de entrega a novas experiências. Por vezes resulta, outras nem tanto, mas desde que se seja feliz na sua vida sexual, então com sexo oral ou sem ele tudo vai bem no reino da intimidade.





 

 



 

   


       


 


 

terça-feira, dezembro 09, 2014

Devolve-me Já!

Um filho/a pode levar muita coisa da casa da mãe. Pode levar roupas, loiça, objectos variados  de decoração, quadros, tapetes, candeeiros,toalhas, lençois, almofadas e até dinheiro. Tudo isso e muito mais, a mãe empresta ou dá de boa vontade sem que reclame que as/os mesmas/os tornem à precedência, mas...e há sempre um mas...tentem levar caixas de  tupperware e não devolvê-las e aí verão o que  é a fúria de uma mãe!                                 

quinta-feira, dezembro 04, 2014

A Vida deste Rapaz

A vida deste rapaz é precisamente a vida de Ellar Coltrane que o realizador Richard Linklater  (Antes do Amanhecer,Suburbia, entre outros) vai seguir durante 12 anos, terminado o filme quando o mesmo tem 18 anos e segue para a Faculdade.
Era sem dúvida desde o início um projecto ambicioso devido a diversos factores a que não está alheia o facto do actor principal, poder por um ocaso do destino morrer, ou desistir, ou mudar de país...
Como nada disso aconteceu temos então um filme bem original em que vemos actores muito seguros, começando pelo actor principal, um desconhecido e que durante estes anos de filmagem de Boyhood  teve que andar "escondido" e por isso não poder aceitar qualquer papel enquanto o filme era realizado.
O que achei mais interessante neste filme foi  a distância no tempo e em que desde 2002 ( Untitled 12-Year Project), todos os anos o realizador reunia durante algumas semanas no Texas, os actores e filmava algumas cenas. Os escolhidos foram Patrícia Arquette como mãe, Ellar Coltrane  como o filho cujo crescimento seguimos, Ethan Hawke  como pai e a filha do realizador  Lorelei Linklater como filha mais velha, e que começa o filme com a idade de 8 anos. Por lá andam também, outros actores, quase todos eles desconhecidos do grande público.O projecto era tão pioneiro e arriscado(uma duração de 12 anos em termos cinematográficos é uma longa distância!) que o próprio realizador pediu a Ethan Hawke que seguisse com o projecto caso algo lhe acontecesse o que felizmente não veio a acontecer.
Se seguimos o crescimento e subsequente passagem do tempo por parte de Ellar Coltrane não é menos verdade que o mesmo acontece a Lorelei Linklater, que a fazer fé no que li, de tão farta estava do papel que chegou a pedir ao pai (o  realizador) que matasse a sua personagem o que obviamente não aconteceu e ainda bem porque ela é mesmo muito boa e uma mais valia para o filme.
Deste modo o que vemos neste Boyhood é a vida de Mason (Ellar Cotrane) desde os seus 7 aninhos até à idade dos namoros, borbulhas, bebidas, indefinições sobre o que se quer ou não da vida, a sua apetência para a arte,o questionamento das relações fracassadas da mãe, a incompatibilidade com os padrastos, o amor incondicional ao pai e à mãe, amizades perdidas e outras ganhas,  fracassos amorosos, ou seja tudo aquilo que faz a vida de um um rapaz  até à idade da emancipação. É também um filme pioneiro porque filmes em que as personagens vão crescendo nós vemos constantemente, mas o que acontece é que  os actores vão sendo mudados.
 O que aqui tem de muito original é ser sempre os mesmos actores e por isso vamos vendo a passagem do tempo e no caso de Ellar Coltrane ela é bem visível, pois de um rapazinho  amoroso e educado e que gosta das coisas que todos os garotos de 7 anos gostam, no fim vemos um rapaz de barba na cara e voz grossa. Assim o  que mais amamos no filme é a passagem implacável  do tempo e as mudanças verificadas no corpo e no rosto dos personagens principais.
Esta de parabéns Richard Linklater por uma ideia tão original e por uma tão boa realização.
 Está de parabéns o actor principal, Ellar Coltrane  e Lorelei Linklater.
Este Boyhood-Momentos de Uma Vida  é  um filme que chega às nossas salas de cinema já com vários prémios na bagagem e que de certeza será premiado com algum Oscar quanto mais não seja pelo guião original. Gostei muito.